Seleção feminina Sub-21 treina em
Centro Olímpico francês que é referência
Estrutura do INSEP foi
considerada excelente pela comissão técnica brasileira
Um dos objetivos da CBJ ao levar atletas brasileiros para
treinar fora do Brasil, os chamados Estágios Internacionais, é fazer com que
eles possam ter acesso ao que de melhor existe no mundo em termos de estrutura
para a prática esportiva. Nesse sentido, as dez meninas que viajaram para essa
primeira etapa dos estágios puderam desfrutar de um local de treinamento
considerado excelente pela comissão técnica.
De quatro a oito de fevereiro, Gabriela Chibana (SP), Samanta Soares
(SP), Nathália Brígida (SP), Tawany Silva (SP), Jéssica Pereira (RJ), Camila
Barreto (RS), Jéssica Santos (SP), Isadora Pereira (MG), Ana Carla Grincevicus
(MG) e Camila Gebara (MS) (grifo
nosso) treinaram diariamente no INSEP, uma espécie de Centro Olímpico Francês,
com as seleções da França, Alemanha, Japão e Kazaquistão.
\\\"Essa semana foi muito
produtiva. As atletas tiveram a oportunidade de treinar com as melhores de suas
categorias de peso e conhecer um Centro Olímpico de excelência, referência em
todo mundo. Nossas técnicas, Danusa Shira e Andrea Berti, estão sempre ao lado
das atletas orientando e auxiliando no processo de aprendizagem. Estou certo
que elas retornarão melhores do que vieram e com alguns deveres de casa,
cientes do que precisam melhorar\\\", afirmou Kenji Saito, gestor técnico
nacional de base, lembrando que a partir deste sábado, oito de fevereiro, será
a vez dos 12 atletas da seleção masculina júnior treinarem no local. Todos
assistirão ao Grand Slam de Paris, onde utilizadas as novas regras da FIJ pela
primeira vez.
Depois da primeira guerra
mundial, a França passou a adotar um modelo de incentivo à prática esportiva
focado em escolas específicas que integravam a educação tradicional e educação
física de alto nível. Por conta do fraco desempenho nos Jogos de 1960 e 1964,
foi inaugurado em 1965 pelo general Joseph Hall Maigrot De Gaulle a Escola
Normal Superior de Educação Física com o objetivo de reunir várias dessas
escolas especiais. Em 1975, o local passou a se chamar INSEP (sigla em francês
para Instituto Nacional do Esporte e da Educação Física) oficialmente e, com o
passar dos anos, várias dessas instituições de ensino foram se juntando nessa
estrutura. Atualmente, são 27 pólos
espalhados pela França e mais de 600 atletas beneficiados, sendo que destes 150
são menores que estudam em sistema de internato.
Por lei, o INSEP tem como missões
participar no desenvolvimento da política nacional do desporto e da atividade
física, particularmente no que diz respeito ao alto rendimento, dando toda a
infraestrutura necessária para a preparação de atletas olímpicos e
paralímpicos; contribuir para a proteção da saúde dos atletas e preservar a
ética do esporte. Entre as atividades que são desenvolvidas no espaço
destacam-se o treinamento e preparação de atletas, associada à formação
acadêmica; contribuir pela tecnologia científica, médica e no campo da
atividade física, incluindo a produção e disseminação do conhecimento na área
de esportes de alto rendimento; e a cooperação com instituições francesas e
estrangeiras no campo da atividade física. E é desse último pronto que a CBJ
tem feito uso nos últimos anos.
Hoje, o INSEP é considerado um
Centro Olímpico de referência em todo o mundo. Em 2011, o investimento do
governo francês chegou a 42 milhões de dólares. Em compensação, um terço da
delegação francesa nas Olimpíadas de Atenas 2004 e Pequim 2008 saíram do INSEP.
Das 41 medalhas da França nos Jogos da China, 21 foram conquistadas por atletas
que foram ou são treinados nos pólos. Em Londres 2012, foram 19 das 34
medalhas. Mais uma prova de que uma boa estrutura, faz toda a diferença na hora
de chegar ao pódio.
Fonte: www.cbj.com.br
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