A Federação Internacional de Judô
divulgou na última segunda-feira uma série de mudanças nas regras de competição
e de arbitragem para o novo ciclo olímpico. As alterações serão testadas entre
o Grand Slam de Paris (em fevereiro) e o Mundial do Rio, que ocorrerá em
setembro próximo.
Entre as mudanças mais
significativas está a redução de três árbitros para apenas um no tatame. Um
outro juiz ficará fora da área de combate e acompanhará o vídeo replay. Eles se
comunicarão por meio de rádio. As punições (shido) não valerão pontuação, servirão
apenas como critério de desempate. Em casa de quatro shidos, haverá
desqualificação do punido. O Golden Score também não terá mais limite de tempo
e o hantei foi extinto.
Uma mudança boa para o estilo de
luta brasileiro é a permissão do uso do kansetsu-waza a partir do sub-18 mas os
golpes abaixo da linha da cintura continuam proibidos.
Houve também mudanças no sistema
de ranqueamento mundial. Os valores destinados à lista para cada competição
foram alterados. Agora, a medalha de ouro no Jogos Olímpicos valerá mil pontos
no ranking mundial. O Campeonato Mundial passa a distribuir 900 pontos para o
campeão. Masters e Grand Slams também tiveram aumento nos pontos concedidos.
A composição das delegações para
os Mundiais também foi alterada. Hoje cada país pode levar até dois atletas por
categoria, 14 no masculino e 14 no feminino. Agora, só poderão levar nove
judocas por gênero, com o limite de dois por categoria
Contudo, o Presidente da
Confederação Brasileira, da Confederação Pan-americana e vice-presidente da
Federação Internacional, Professor Paulo Wanderley, esteve presentes em duas
das três reuniões do Comitê Executivo que analisou as propostas da Comissão
Técnica e de Arbitragem. Ele esclarece que as novas regras ainda estão em
estudo.
“A Federação Internacional já
convocou um seminário de 25 a 28 de janeiro no México. A Confederação
Brasileira enviará 7 árbitro FIJ A (Professor José Pereira, Edson Minakawa,
André Mariano, Edilson Hubold, Silvio Borges, Jefferson Vieira Aloísio Short e
Laedson Lopes) e dois representantes da área técnica (Professor Amadeu Rocha e
Robnelson Ferreira). O objetivo é que esses representantes possam divulgar as
mudanças por todo o país. É importante destacar que mesmo nesse seminário e nos
que vão ser realizados nos outros continentes podem haver ajustes. Qualquer
mudança só será de fato homologada pela Federação Internacional depois da
análise desse período de testes entre fevereiro e setembro”, explica Paulo
Wanderley.
As mudanças validadas pela
Federação Internacional após o seminário continental serão adotadas pela CBJ
nos campeonatos organizados pela entidade. E, assim que as mudanças forem de
fato incorporadas pela FIJ, a CBJ vai difundí-las oficialmente entre os seus
filiados.
Fonte: www.cbj.com.br
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