quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Federação Internacional de Judô testa mudanças nas regras



A Federação Internacional de Judô divulgou na última segunda-feira uma série de mudanças nas regras de competição e de arbitragem para o novo ciclo olímpico. As alterações serão testadas entre o Grand Slam de Paris (em fevereiro) e o Mundial do Rio, que ocorrerá em setembro próximo.

Entre as mudanças mais significativas está a redução de três árbitros para apenas um no tatame. Um outro juiz ficará fora da área de combate e acompanhará o vídeo replay. Eles se comunicarão por meio de rádio. As punições (shido) não valerão pontuação, servirão apenas como critério de desempate. Em casa de quatro shidos, haverá desqualificação do punido. O Golden Score também não terá mais limite de tempo e o hantei foi extinto.

Uma mudança boa para o estilo de luta brasileiro é a permissão do uso do kansetsu-waza a partir do sub-18 mas os golpes abaixo da linha da cintura continuam proibidos. 

Houve também mudanças no sistema de ranqueamento mundial. Os valores destinados à lista para cada competição foram alterados. Agora, a medalha de ouro no Jogos Olímpicos valerá mil pontos no ranking mundial. O Campeonato Mundial passa a distribuir 900 pontos para o campeão. Masters e Grand Slams também tiveram aumento nos pontos concedidos.

A composição das delegações para os Mundiais também foi alterada. Hoje cada país pode levar até dois atletas por categoria, 14 no masculino e 14 no feminino. Agora, só poderão levar nove judocas por gênero, com o limite de dois por categoria

Contudo, o Presidente da Confederação Brasileira, da Confederação Pan-americana e vice-presidente da Federação Internacional, Professor Paulo Wanderley, esteve presentes em duas das três reuniões do Comitê Executivo que analisou as propostas da Comissão Técnica e de Arbitragem. Ele esclarece que as novas regras ainda estão em estudo.

“A Federação Internacional já convocou um seminário de 25 a 28 de janeiro no México. A Confederação Brasileira enviará 7 árbitro FIJ A (Professor José Pereira, Edson Minakawa, André Mariano, Edilson Hubold, Silvio Borges, Jefferson Vieira Aloísio Short e Laedson Lopes) e dois representantes da área técnica (Professor Amadeu Rocha e Robnelson Ferreira). O objetivo é que esses representantes possam divulgar as mudanças por todo o país. É importante destacar que mesmo nesse seminário e nos que vão ser realizados nos outros continentes podem haver ajustes. Qualquer mudança só será de fato homologada pela Federação Internacional depois da análise desse período de testes entre fevereiro e setembro”, explica Paulo Wanderley.

As mudanças validadas pela Federação Internacional após o seminário continental serão adotadas pela CBJ nos campeonatos organizados pela entidade. E, assim que as mudanças forem de fato incorporadas pela FIJ, a CBJ vai difundí-las oficialmente entre os seus filiados.

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